YOGA entre outras definições é uma ação; é algo que se faz, mas que se faz com consciência. É, portanto, uma ação feita com a consciência da qual resulta uma experiência. Tem quem faça Yoga ouvindo música, tem quem dorme, fazendo Yoga. Isto não é Yoga, pois não há consciência e se não há consciência, não há aprendizagem.
Também é dito que Yoga é relacionamento com alguma coisa que eu faço: um trabalho, uma tarefa; com um objeto que eu vejo, toco, manipulo ou com algum alimento que eu deguste ou algum odor que eu capte; Yoga é relacionamento com uma pessoa, com quem falo, ouço, toco, olho... Enfim o que define Yoga não é a técnica, um conjunto de técnicas, mas um estado de mente, uma atitude de atenção.
Os asanas, os pranayamas surgiram para que tenhamos experiências com o nosso corpo, com a nossa respiração, para que nos relacionemos conosco mesmos, pois é o relacionamento que temos conosco o que define nossos demais relacionamentos: com o mundo, com os semelhantes, pais, parceiros, filhos, colegas, com a sociedade enfim. Inclua-se aí o nosso relacionamento com a natureza, com os animais, com as plantas, com os objetos enfim.
Nosso corpo é muito esperto, aprende logo, torna os movimentos mecânicos, automatiza e, fazendo isso, perde o contato com músculos, articulações, com a força, com o relaxar, soltar, deixar ir, com a sensação de prazer ou dor. Já nossa respiração pode naturalmente fazer-se automática, felizmente, já que se trata da sobrevivência. Mas é bom olhar pra ela de vez enquando, sentindo-a, sua profundidade, seu ritmo, pois ela pode rapidamente mudar para melhor ou para pior também, dependendo de como nos relacionamos com o que vem de fora ou mesmo dentro de nós.
Resumindo: Yoga é uma prática, mas uma prática que serve de apoio para uma experiência, da qual certamente resultará um melhor relacionamento conosco e com os outros.
